segunda-feira, junho 04, 2007

A arte de compartilhar "Pessoas".


Nos dias atuais sabemos o número exato de amigos que temos, e também o número de amigos de nossos amigos tem, basta entrar e ler no Orkut "Você tem xx amigos", ou pelos tantos programas de mensagens instâneas como o popular MSN, que a qualquer momento algum de seus amigos inicia um bate papo.

A viagem pelo mundo do Orkut é longa, cansativa e sem nenhuma afetividade, pois é possível conversar com um de seus amigos sem ao menos ele saber que você está falando com ele naquele momento, mas um dia ou uma hora ele saberá.

Nos comunicadores de mensagens instantâneas, temos o cenário um pouco mais "real", afinal as duas pessoas estão de fato uma teclando com a outra, porém, você pode estar conversando com alguém que não queira conversar naquele momento, pode ser outra pessoa, pode estar sendo xingado e achando a pessoa uma das mais bacanas do seu círculo de amizades, etc... A expressão se dá por carinhas "emoticons", que podem muito bem enfatizer algo que não está sentindo no momento.
A internet é um mundo completo, de incertezas. Não se pode e nem se deve confiar em tudo o que se vê ou o que se lê, afinal qualquer um tem o direito de.

Não há afetividade, contato e expressão. Me fez lembrar da piada:
- Um colega manda um e-mail ao outro colega da mesa ao lado no Serviço.
- "Vamos almoçar ?"
- O colega a seu lado responde o e-mail.
- "Vamos sim, me da 5 minutos."
- O primeiro rettorna novamente o e-mail.
- "Ok."

A expressão, o sentimento, a educação, o contato físico, o olhar, a fala, a integração interpessoal, são coisas do ser humano que o computador/internet pode um dia, mas está muito longe de alcançar e proporcionar as pessoas nos dias atuais.

O melhor da vida é viver e poder aprender, assim crescer como pessoa, ser admirado e transmitir confiança à aqueles que ao seu redor convivem. O restante é mera conquista.